“O dar e o ser generoso são atributos Meus”, escreveu Bahá’u’lláh “ bem-aventurado quem se adorna com Minhas virtudes”.1
Assim como o propósito de uma vela é prover luz, a alma humana foi criada para doar generosamente. Nós cumprimos nosso mais elevado propósito numa vida de serviço na qual oferecemos nosso tempo, energia, conhecimento e recursos financeiros. “deveis dar frutos belos e maravilhosos, para que vós e outros sejam por eles beneficiados”.2
‘Abdu’l-Bahá escreveu, “...a honra e distinção do indivíduo consistem nisto, que dentre todas as multidões do mundo ele deve tornar-se uma fonte de bem-estar social”.3 Naturalmente, esforçar-se por servir a humanidade e seguir tal vida de serviço implica que algumas vezes a pessoa esteja disposta a aceitar algumas dificuldades. No entanto, sacrificar-se dessa maneira não é causa de aflição; mas é o portador de júbilo – isso envolve a aceitação de algum grau de desconforto para o bem-estar e felicidade dos outros, renunciando àquilo que é inferior em prol daquilo que é mais elevado. Conforme afirmou ‘Abdu’l-Bahá, “morre[r] para o ego” faz “o esplendor do Deus vivo...irradiar-se”.4
O impulso para doar provém do amor a Deus. Quando este amor enche nossos corações, a generosidade passa a caracterizar o padrão da nossa conduta; quando servimos aos outros por amor a Deus, não somos motivados pela esperança de reconhecimento e recompensa nem por temor de punição. Uma vida de serviço à humanidade implica humildade e desprendimento, não interesse pessoal e ostentação. “Concede-me Tua graça, para que eu possa servir Teus Bem-amados”, diz uma bem conhecida oração de ‘Abdu’l-Bahá, “Do cálice da abnegação, permite-me sorver; com suas vestes adorna-me; em seu oceano imerge-me. Faze-me como pó no caminho de Teus bem-amados”.5
Bahá’u’lláh nos aconselha com as seguintes palavras: “Sê generoso na prosperidade e grato no infortúnio. Sê digno da confiança de teu próximo e dirige-lhe um olhar alegre e amável. Sê um tesouro para o pobre, um conselheiro para o rico; responde ao apelo do necessitado e preserva sagrada a tua promessa. Sê imparcial em teu juízo e cauteloso no que dizes. A ninguém trates com injustiça e mostra toda humildade a todos os homens. Sê como uma lâmpada para aqueles que andam nas trevas, sê causa de júbilo para o entristecido, um mar para o sequioso, um refúgio para o aflito, um apoio e defensor da vítima da opressão. Que a integridade e retidão distingam todos os teus atos. Sê um lar para o estranho, um bálsamo para quem sofre, uma torre de força para o fugitivo. Para o cego, deves tu ser olhos, e para os pés dos errantes, uma luz que guie. Sê um adorno para o semblante da verdade, uma coroa para a fronte da fidelidade, um pilar do templo da retidão, um alento de vida para o corpo da humanidade, uma insígnia das hostes da justiça, um luminar sobre o horizonte da virtude, um orvalho para o solo do coração humano, uma arca no oceano do conhecimento, um sol no céu da bondade, uma joia no diadema da sabedoria, uma luz radiante no firmamento de tua geração, um fruto na árvore da humildade”.6