Uma seleção introdutória de passagens dos escritos bahá’ís sobre o tema da Revelação.
Deus, em Sua essência e em Seu próprio Ser, sempre foi invisível, inacessível e incognoscível.
(Bahá’u’lláh, Epístola ao Filho do Lobo )
Deus... é, e desde sempre foi, um único e só... eterno no passado, eterno no futuro.
(Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, XCIV)
Todo louvor à unidade de Deus e toda honra a Ele, o Senhor soberano, o incomparável e todo-glorioso Rei de universo, Quem, da inexistência absoluta, criou a realidade de todas as coisas, Quem, do nada, trouxe para a existência os elementos mais refinados e sutis de Sua criação e, salvando Suas criaturas do rebaixamento da separação e dos perigos da extinção final, as recebeu em Seu reino de glória incorruptível. Nada menos de Sua graça, que a tudo abrange, e de Sua mercê, que tudo penetra, poderia ter realizado isso.
(Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, XXVII)
Como nós podemos conhecer Deus? Nós O conhecemos através de Seus atributos. Nós O conhecemos pelos Seus sinais. Nós O conhecemos por Seus nomes…Se quisermos entrar em contato com a realidade da Divindade, podemos fazê-lo através do reconhecimento de seus fenômenos, seus atributos e sinais, que se estendem pelo universo todo.
(‘Abdu’l-Bahá, A Promulgação da Paz Universal )
Ó FILHO DO HOMEM! Velado em Meu Ser imemorial e na eternidade antiga de Minha Essência, conheci Meu amor por ti e assim te criei, gravando em ti Minha imagem e revelando-te Minha beleza.
(Bahá’u’lláh, As Palavras Ocultas no. 3o mundo)
Havendo criado o mundo e tudo o que aí vive e se move Ele, pela operação direta de Sua Vontade absoluta e soberana, se dignou conferir ao homem a distinção e a capacidade incomparáveis de O conhecer e amar — capacidade esta que há de ser vista como o impulso gerador e o desígnio primário que baseiam toda a criação... Ele irradiou sobre a mais íntima realidade de cada uma das coisas criadas, fazendo dessa realidade um receptáculo da glória de um de Seus atributos. Sobre a realidade do homem, entretanto, focalizou Ele o fulgor de todos os Seus nomes e atributos e o fez um espelho de Seu próprio Ser. O homem, unicamente, dentre todas as coisas criadas, foi distinguido por tão grande favor, por uma graça tão duradoura.
(Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, XXVII)
A porta do conhecimento do Ser Antigo sempre esteve e para sempre permanecerá fechada à face dos homens. Nenhuma compreensão humana conseguirá jamais acesso à Sua corte sagrada. Como sinal de Sua mercê, porém, e prova de Sua benevolência, manifestou Ele aos homens os Sóis de Sua guia divina, os Símbolos de Sua divina unidade, e ordenou fosse o conhecimento destes Seres sagrados, idêntico, ao conhecimento de Seu próprio Ser. Quem os reconhecer, terá reconhecido a Deus, quem escutar Seu chamado, terá escutado a Voz de Deus, e quem der testemunho da verdade de Sua Revelação, terá atestado a verdade do próprio Deus. Quem se afastar deles, terá se afastado de Deus, e quem neles não acreditar, em Deus não terá acreditado.
(Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, XXI)
Esses Semblantes são os receptores do Mandado Divino e os pontos do alvorecer de Sua Revelação… Se observares com olhos discernentes, verás que todos habitam no mesmo tabernáculo, voam no mesmo céu, se sentam no mesmo trono, proferem as mesmas palavras e proclamam a mesma Fé. Tal é a unidade dessas Essências do Ser, desses Luminares de infinito e imensurável esplendor!
(Bahá’u’lláh, O Kitáb-i-Íqán )
É da essência da Fé de Deus e de Sua Religião, neste Dia, que jamais deve permitir que as diversas comunidades da terra e os vários sistemas de crenças religiosas promovam sentimentos de animosidade entre os homens . Estes princípios e leis, estes sistemas poderosos e firmemente estabelecidos, procederam de uma única Fonte e são os raios de uma única Luz. As diferenças entre eles devem ser atribuídas às diferentes exigências das épocas em que foram promulgados.
(Bahá’u’lláh, Epístola ao Filho do Lobo )
As diferentes religiões se baseiam numa só verdade; por isso sua realidade é uma só.
(‘Abdu’l-Bahá, A Promulgação da Paz Universal )
O que o Senhor ordenou como o remédio soberano e o mais poderoso instrumento para a cura do mundo inteiro é a união de todos os seus povos em uma Causa Universal, em uma Fé comum.
(Bahá’u’lláh, O Chamado do Senhor das Hostes )
O princípio fundamental enunciado por Bahá’u’lláh...é que a verdade religiosa não é absoluta, mas sim, relativa, que a Revelação divina é um processo contínuo e progressivo, que todas as grandes religiões do mundo são divinas em origem, que seus princípios básicos estão em completa harmonia, e seus objetivos e propósitos são um mesmo, sendo seus ensinamentos apenas facetas de uma única verdade, que suas funções são complementares, suas doutrinas diferem somente nos aspectos não essenciais e que suas missões representam sucessivas etapas na evolução espiritual da sociedade humana...
(Shoghi Effendi, Chamado às Nações Prefácio)
E agora, a respeito de tua pergunta sobre a natureza da religião. Sabe tu que aqueles que são verdadeiramente sábios têm comparado o mundo ao templo humano. Como o corpo do homem precisa vestidura, assim o corpo da humanidade necessita ser adornado com o manto da justiça e sabedoria. Sua vestimenta é a Revelação que lhe é concedida por Deus. Sempre que essa vestimenta tenha cumprido seu objetivo, o Todo-Poderoso certamente a renovará. Pois cada era exige uma nova medida da luz de Deus. Cada Revelação Divina tem sido enviada de um modo adequado às circunstâncias da era em que apareceu.
(Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, XXXIV)
Este é o Dia em que os mais excelentes favores de Deus manaram sobre os homens, o Dia em que Sua graça suprema se infundiu em todas as coisas criadas. Todos os povos do mundo devem reconciliar suas diferenças e, em paz e união perfeitas, se abrigar à sombra da Árvore de Seu cuidado e Sua benevolência. É mister aderirem a tudo o que, neste Dia, lhes possa elevar a condição e promover os melhores interesses…Implorai a Deus, Uno e Verdadeiro, que conceda a todos os homens a graça de serem ajudados a cumprir o que for aceitável a Nosso ver. Breve será a presente ordem posta de lado, e uma nova se estenderá em seu lugar. Deveras, teu Senhor diz a Verdade e é o Conhecedor das coisas invisíveis.
(Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, IV)
O Todo-Misericordioso concedeu ao homem a faculdade visual e o dotou do poder da audição. Alguns o descrevem como o "mundo menor", ao passo que, na realidade, ele deveria ser considerado o "mundo maior". As potencialidades inerentes à condição do homem, a plena medida de seu destino na terra, a excelência inata de sua realidade - tudo isto se deve tornar manifesto neste Dia Prometido de Deus.
(Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, CLXII)
Deus nos deu olhos para podermos olhar o mundo ao nosso redor e nos segurarmos a tudo o que fará avançar a civilização e as fará avançar a civilização e as artes. Ele nos deu ouvidos para podermos ouvir e aprender com a sabedoria dos eruditos e filósofos e nos levantarmos para promovê-la e praticá-la. Sentidos e faculdades nos foram concedidos para serem consagrados ao serviço do bem comum, para que nós, agraciados acima de todas as outras formas de vida pela perceptividade e razão, devamos labutar em todos os tempos e em toda a parte, seja grande ou pequena, comum ou extraordinária a ocasião, até que toda a humanidade esteja seguramente reunida na inexpugnável fortaleza do conhecimento. Nós devemos estar continuamente estabelecendo novos alicerces para a felicidade humana, e criando e promovendo novos instrumentos para este fim…Devemos agora nobremente decidir nos levantar e segurar firmemente todos aqueles instrumentos que promovam a paz e o bem-estar e a felicidade, o conhecimento, a cultura e a indústria, a dignidade, o valor e a posição da inteira raça humana. Assim, através das águas restauradoras da intenção pura e do esforço desprendido, a terra das potencialidades humanas desabrochará com sua própria excelência latente e florescerá em qualidades louváveis, e produzirá e vicejará até tornar-se rival aos roseirais de conhecimento que pertenceram aos nossos antepassados.
(‘Abdu’l-Bahá, O Segredo da Civilização Divina )