A instituição do Mashriqu’l-Adhkár, cuja tradução é “O Lugar do Alvorecer da Menção de Deus”, foi ordenado pelo próprio Bahá’u’lláh. É um conceito fundamental da vida comunitária bahá’í, dando expressão concreta à unidade de devoção e serviço.
Edificai, em todas as terras, casas de adoração em nome d’Aquele que é o Senhor de todas as religiões… Então, com radiância e alegria, celebrai ali o louvor de vosso Senhor, o Mais Compassivo.
— Bahá’u’lláh
Bahá’ís em todo o mundo estão plantando hoje as sementes das quais o Mashriqu’l-Adkár haverá finalmente de germinar. O processo começa com o esforço simples de abrir espaços pessoais e coletivos para oração. Assim, atos de serviço se integram em um padrão progressivo de atividade e esforços mais sustentados de infundir um espírito devocional em aspectos da vida comunitária tornam-se possíveis. O estabelecimento final de um edifício físico marca outro importante estágio no cumprimento da visão de Bahá’u’lláh das Casas de Adoração.
A estrutura física de um Mashriqu’l-Adhkár inclui um edifício central – uma Casa de Adoração – juntamente com diversas dependências. Embora o Mashriqu’l-Adhkár forme o ponto focal de adoração numa área geográfica, seu propósito não é somente um local para adoração. ‘Abdu’l-Bahá explica que, ao prover educação, cuidados com saúde e outros serviços, deve também apoiar o progresso social e econômico da comunidade e proporcionar abrigo, conforto e assistência a necessitados. Em relação a isso, ‘Abdu’l-Bahá antecipou que ramificações subsidiárias – tais como um hospital, uma escola, uma universidade, um dispensário e uma hospedaria – serão gradualmente adicionados às Casas de Adoração.
Referindo-se ao Mashriqu’l-Adhkár que estava sendo então construído perto de Chicago, nos Estados Unidos, Shoghi Effendi escreveu que
“...por mais inspiradora que seja a concepção da adoração bahá’í, conforme testemunhada no edifício central deste excelso Templo, não pode ser considerada como o único fator, nem mesmo o essencial, no papel que o Mashriqu’l- Adhkár está destinado a desempenhar na vida orgânica da comunidade bahá’í conforme o desígnio de Bahá’u’lláh. Separada das atividades sociais, humanitárias, educacionais e científicas reunidas ao redor das dependências do Mashriqu’l- Adhkár, a adoração bahá’í, não importa quão exaltada sua concepção e apaixonada no fervor, jamais poderá esperar realizar algo além dos resultados escassos e muitas vezes transitórios obtidos pela contemplação do asceta ou da comunhão do adorador passivo. Não posso atribuir satisfação e benefício duradouros ao próprio adorador, muito menos à humanidade em geral a menos que, e até que, a adoração seja traduzida e transfundida naquele serviço dinâmico e desinteressado à causa da humanidade que é o supremo privilégio das dependências do Mashriqu’l-Adhkár proporcionar e promover.”