Espaços de Consulta

Bahá’u’lláh afirma:

A consulta confere maior consciência e transforma as conjecturas em certezas. É uma luz brilhante que, num mundo escuro, ilumina o caminho e guia. Para tudo existe e continuará a existir um estágio de perfeição e maturidade. A maturidade do dom do entendimento é manifestada através da consulta..”

A consulta sincera, desapaixonada e cordial é vital para o sucesso de qualquer empreendimento coletivo e sua importância central para o funcionamento das instituições bahá’ís é uma das características do funcionamento da Ordem Administrativa Bahá’í. O propósito de tal consulta não é somente prover uma estrutura dentro da qual decisões coletivas podem ser tomadas – embora isso seja importante. Ela é um meio para harmonizar pontos de vista, promover unidade entre os membros da comunidade, fortalecer os laços de confiança e amor entre indivíduos e instituições; e permitir novas percepções para as complexas questões a serem geradas e desapaixonadamente examinadas. Serve também para promover ação sistemática, preservando o foco entre os participantes numa determinada linha de ação e permitindo que diversas perspectivas sejam integradas ao entendimento do grupo a respeito do assunto em questão e orientando o progresso de suas atividades relacionadas. Em relação a isso, a consulta é um componente essencial do modo de aprendizagem adotada pela comunidade bahá’í na diversidade de seus empreendimentos.

A consulta eficiente, que não permite confrontação e argumentação, nem imposição de pontos de vista ou planos, é essencial para o funcionamento de Assembleias Espirituais Locais e Nacionais. No entanto, os princípios da consulta são aplicados com graus variados de formalidade em numerosos outros espaços: entre diferentes instituições e corpos administrativos; dentro da unidade familiar; entre instituições e a comunidade; entre os participantes de projetos específicos e – com crescente predominância – entre indivíduos e agências que trabalham em âmbito local para coordenar as contribuições dos bahá’ís da comunidade para a melhora da sociedade.

A Casa Universal de Justiça escreveu:

“...A consulta bahá’í deve ser feita com o máximo amor, sinceridade e unidade. Seus participantes devem se reunir em atitude de oração, buscando assistência do Reino da Glória, expressando seus pensamentos livremente, renunciando todo apego às suas opiniões individuais, e dando atenção imparcial e cuidadosa às opiniões dos outros num esforço para alcançar consenso. ‘Abdu’l-Bahá nos aconselha que, caso no decorrer de chegar a uma decisão se conclua que a consulta prolongou-se ou que deu lugar a disputa, ela deve ser transferida e retomada numa ocasião mais propícia. Seja confiante de que, ao entrar numa consulta bahá’í entre famílias ou num pequeno grupo, através do poder do Convênio da assistência divina, os seus esforços sinceros em aceitar estes princípios capacitá-los-ão a resolver a grande maioria das questões com as quais se confronta. Naturalmente, deve-se lembrar que o objetivo da consulta não precisa sempre ser alcançado numa decisão específica ou final. Frequentemente, o objetivo pode ser simplesmente dedicar-se a uma troca de opiniões de modo a ajudar a esclarecer certas questões e chegar a uma unidade de visão.”

Além do conteúdo desta página, referências à consulta bahá’í podem ser encontradas em todo este website. Destacamos a exploração das qualidades e atitudes – de devoção, humildade, desprendimento e paciência, para citar algumas – dos participantes da consulta bahá’í, encontradas no artigo sobre a Assembleia Espiritual Local dentro da área do site “no que creem os bahá’ís”, bem como uma descrição da importância central da consulta na vida comunitária bahá’í na Seção III da Promessa da Paz Mundial no tópico coletânea sobre Paz Universal.

Observação: